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Onde anda a ética médica nos anos da internet?

A procura por procedimentos estéticos em todo o mundo vem aumentando a cada ano e os dados são da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps), instituição que reúne os mais certificados cirurgiões plásticos em seus respectivos países. Considerada uma das autoridades globais, primordial em cirurgia estética e cosmética, a ISAPS possui mais de 3.200 membros em 104 países e regularmente divulga o ranking mundial dos procedimentos estéticos, depois de elaborada pesquisa estatística.

No último levantamento da Isaps, divulgado em junho de 2017 com os números captados em 2016, o Brasil continua no segundo lugar do ranking, com 2,5 milhões de procedimentos, 10% do total mundial, tendo à frente apenas os Estados Unidos, com 4,2 milhões.  Os números da Sociedade levantaram alguns procedimentos em rápido crescimento, entre eles a correção do bumbum por meio de cirurgia, conhecido na área médica como lifting de glúteos, que em um ano teve um aumento de 20% no total de cirurgias estéticas. Embora não haja estatística, pode-se dizer que a bioplastia do bumbum, procedimento menos invasivo à base de injeções de PMMA (polimetilmetacrilato), tem crescido vertiginosamente e vem sendo realizada indiscriminadamente no mundo todo.

Esse crescimento teve reflexo também no Brasil, país tropical, de praias e cachoeiras, onde o culto à beleza e aos contornos corporais faz parte do cotidiano de uma parte da população preocupada em expor o corpo perfeito.

Depois da revolução da internet, quando sites e redes sociais passaram a fazer parte deste grande mundo da informação fácil, e muitas vezes falsa, pessoas interessadas em um procedimento estético buscam incessantemente na rede profissionais que consigam realizar o seu sonho. Nem sempre são médicos habilitados e infelizmente os resultados de seus procedimentos podem se mostrar insatisfatórios, com intercorrências capazes de levar à morte, como ocorreu recentemente com a bancária Lilian Calixto, no Rio de Janeiro.

Infelizmente, só quando ocorrem fatos dessa natureza, a população acende o seu sinal de alerta. Não dá para acreditar em médicos que se expõem em demasia na mídia, em especial na internet. Em profissionais que não cumprem o juramento de Hipócrates. E, principalmente, naqueles médicos que fazem das redes sociais o seu cartão de visita, onde divulgam sua vida privada e expõem procedimentos em pacientes, com imagens do antes e depois, impedidas por resoluções do Código de Ética Médica do Conselho Federal de Medicina (CFM).

O exercício da medicina não se baseia somente na premissa que o médico necessita ter conhecimento técnico e científico de sua especialidade. Vai além disso, ele há de ser ético na sua relação com o paciente e necessita ter o conhecimento dos protocolos emanados pelo CFM, sobretudo aqueles relacionados à publicidade e propaganda. Ao procurar um médico, é necessário que o interessado saiba quem é e se não está envolvido em fatos que o desabonem. A Resolução 2.126 do CFM é clara: assuntos como selfies e divulgação de técnicas não validadas cientificamente são proibidas. Então, ao se deparar com profissionais desse tipo na internet, o interessado deve ficar atento, pois quem descumpre regras pode não ser confiável.

Ao se deparar com fatos que envolvem a área de atuação dos cirurgiões plásticos, recomenda-se aos interessados que, ao necessitarem de procedimentos estéticos ou reconstrutores, o façam através de especialistas e titulares da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).  Além disso, é importante que o paciente tenha à sua disposição para preenchimento o Protocolo de Segurança em Cirurgia Plástica, documento elaborado pelo CFM e pela SBCP.  O documento contém todos os detalhes dos procedimentos adotados do pré ao pós-operatório, além de informações sobre os membros da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Com isso, o CFM e a SBCP acreditam que poderá ser inibida a ação de profissionais não qualificados para realizar cirurgias plásticas.

Jorge Menezes

Ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Regional Minas Gerais

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