Rejuvenescimento íntimo, um tabu?

A mulher brasileira é uma das mais vaidosas do mundo. Grande parte da população feminina do nosso país preocupa-se com o seu visual e está sempre pronta a cuidar do seu corpo e de sua pele. Ao fazer isso, cuida também de sua autoestima. De uns tempos para cá, ela passou a pensar no seu rejuvenescimento íntimo. Um tabu, até então.

Existe alguma estatística para a cirurgia de rejuvenescimento íntimo?

Segundo o Isaps, entidade que reúne cirurgiões estéticos de todo o mundo, quase 13 mil pacientes brasileiras se submeteram à labioplastia (redução e retirada do excesso dos lábios vaginais). Este número deu ao Brasil o primeiro lugar no ranking mundial, ficando à frente dos Estados Unidos.

Outro procedimento, conhecido como rejuvenescimento íntimo colocou o país no segundo lugar nesse ranking, com 6,6 mil procedimentos, ficando atrás apenas da Índia. Os números surpreenderam os cirurgiões plásticos brasileiros.

Por que as brasileiras passaram a procurar com mais frequência os cirurgiões plásticos para se submeter a essas práticas? A que se deve esse crescimento?

Acredita-se que o interesse crescente pelos tratamentos, além de ser uma forma de a mulher continuar quebrando tabus, é o retrato de mais um passo da libertação da mulher contra os preconceitos, que a impediam, até recentemente de conhecer o seu próprio corpo  e de poder usufruir de seus prazeres, sem medo de elevar sua autoestima.

Pode-se dizer que esses procedimentos, labioplastia e rejuvenescimento íntimo, tornariam a mulher mais feminina?

Nesse caso específico não há empecilho em tornar bonita e atraente parte de seu corpo considerada, até pouco tempo, um mito e um segredo. Trata-se da coragem da mulher moderna em ter a vontade e o poder de buscar tratamento para um aspecto que a incomoda no que há de mais íntimo na sua anatomia, sobretudo por poder torná-la mais feminina.

Qual seria a idade ideal para fazer esses procedimentos?

Embora os dois procedimentos, a labioplastia e o rejuvenescimento vaginal, sejam realizados em mulheres acima de 18 anos, são as pacientes em fase pré e pós-menopausa as que mais procuram os cirurgiões plásticos.

Nesta fase da vida feminina, a redução de estrogênio causa uma série de sintomas, entre eles a secura e a flacidez vaginal. A cirurgia plástica, então, desenvolveu métodos para a solução desses problemas, que visam não somente a uma melhor aparência na região vaginal, como também ao revigoramento do desempenho e do desejo sexual da paciente, com consequente aumento do prazer.